
O australiano Joel Parkinson é o campeão do Rip Curl Pro 2011, segunda etapa do ASP World Tour encerrada neste domingo em Bells Beach, Austrália. Esta foi uma edição especial do evento, que comemora 50 anos de história.
As tradicionais direitas do pico bombaram o dia todo e ofereceram paredes sólidas com até 2,5 metros nas melhores séries, para delírio da multidão que lotou as arquibancadas naturais do pico para assistir uma decisão entre dois australianos.
O público foi tanto, que por volta das 11 horas da manhã o acesso à reserva ecológica estadual "Bells Beach Surfing Reserve" teve que ser fechado pelas autoridades locais, por não suportas mais veículos.
"É incrível! Não só por ter ganho o evento, mas por ser a edição comemorativa de 50 anos, que deixa a conquista muito mais especial e também tivemos altas ondas. Nem me lembro da última vez que Bells quebrou tão no campeonato. Estou muito empolgado, nem posso acreditar em tudo isso", comemora o campeão.
Para vencer, Parko derrotou o compatriota Mick Fanning por 18.53 a 13.26 em frente à multidão na final do evento e não deixou dúvidas ao deixá-lo em combinação, precisando trocar duas notas para reverter o resultado.
Nos últimos segundos, uma série que podia ser a salvação de Fanning apareceu no outside. Ele estava bem posicionado, mas Parko fez uso da prioridade para impedir qualquer possibilidade de reação.
Para fechar com chave de ouro, o campeão do evento ainda arrumou um belo tubo e na sequência destruiu a parede com expressivas rasgadas, que lhe renderam nota 10, a única do campeonato.
"Para mim, Mick Fanning estava quebrando e em nenhum momento achei que pudesse vencê-lo com qualquer facilidade. Acho que nós dois usamos a mesma estratégia de conseguir boas pontuações logo de início. Eu sabia que mesmo que conseguisse qualquer nota alta, precisaria sempre de mais para detê-lo. Estive sobre pressão o tempo todo", revela Joel Parkinson, que já havia vencido o evento em 2004 e 2009.
Desde o primeiro round do evento, Joel Parkinson exibiu performances consistentes e pontuações altas em todas as baterias que surfou, obtidas com um surf muito fluído, radical e com manobras perfeitamente encaixadas no ritmo da onda de Bells, com destaque para os roundhouse cutbacks aplicados com pressão e estilo.
"Definitivamente sinto que estou de volta e surfando melhor do que em 2009, antes de contundir meu tornozelo. Estou me sentindo em forma e estou com boas pranchas. Estou muito animado para o resto da temporada", finliza Parko.
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